sábado, 31 de outubro de 2009

Vórtice

Queria falar sobre aqueles olhos verdes.
Não há definição que os alcance.
Única palavra que os relembra:
Verdes.
Ifinitivamente Verdes.
Verdes como o céu de setembro.
Profusão das cores amantes transbordando o mais verdadeiro Verdume.

Verde, varrendo-me como a vaga volumosa que vai e volta sobre a areia viva da praia.
Volúpias vertiginosas tragam e violentam meu viver.
Vórtice venéreo e vultoso que me hipnotiza o ver, fazendo só desejar.

Desejo com todas as forças, com todo o corpo, com todo o ser.
Vibro, vislumbro em vão. Quando te vejo, viajo. Viro-me em um rosto de uma visceral vultuosidade. Não passa a idade, o tempo congela, sou só vaidade.

Vou viver, então agora, de vociferar ao vilarejo, a vileza da indiferença
Que o Verde dos teus olhos tem para com o monocromatismo dos meus.