segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

DO TÍTULO


Seguindo passos já dados por ninguém mais ninguém menos do que Machado de Assis, tentarei explicar o título ou nome desse blog. Sei que é audácia minha querer fazer algo já feito por uma figura tão solene, como é o grande e eterno Machado, e se fossemos seguir conselhos de outro amigo, Alberto Caeiro, é que deixaríamos de fazê-lo. Ele com certeza diria:

- Nunca ouviste dizer o título.
O título só fala do título.
O que lhe ouviste foi mentira,
E a mentira está em ti.

Brincadeiras à parte, e que me perdoe o Caeiro, gostaria de dar explicação para evitar indagações ou até mesmo provocá-las. Quando pensei no título, pressionado pela pressa e tentando ao mesmo tempo vasculhar a todos os meus poucos pensamentos a fim de encontrar algo que combinasse de alguma forma com o objetivo do blog e que carregasse consigo uma certa sonoridade, não sabia se conseguiria e confesso que não sei se consegui atingir ao meu objetivo, ou sequer consegui chegar perto disso, mas foi esse o título que primeiro me ocorreu e que supostamente cumpria o papel de ter tais características. Esse mesmo que está aí: Chá Celeste

Me veio à mente porque quando penso em uma dose diária de algo com um sabor leve que cai graciosamente sobre o solo e corpo da folhagem, surge em mim a expressão definidora dessas características: Um chá que desce dos céus.
Assim diariamente, como o maná servia de alimento aos Hebreus que fugiam do Egito em busca da terra prometida, espero que esse blog sirva como um pequeno alimento de lazer às pessoas que a ele leêm, e que em pequenas porções como o orvalho, umideça às mentes solidificadas pela agonia do sistema.

Confesso que a última postagem foi feita de maneira singela, e até mesmo superficial. Sem muita cerimônia. Fi-lo porque qui-lo hahaha. Na verdade não sou bom com formalidades e queria que a inauguração, se é que alguma existiu, fosse feita de maneira simples e corriqueira. Agradeço aos que leram.

domingo, 30 de novembro de 2008

Insônia

"Doce é sonhar, é pensar em você". Já dizia o grande Tom Jobim que me acompanha nesse momento com os acordes de "Esse seu olhar" enquanto tento, quase que em vão, escrever alguma coisa para batizar esse pobre espaço; onde posso ter alguma voz nesse mundo perplexo de informações e movimentos. Decidi escrever pelo simples prazer de fazê-lo e por, certamente, ser acompanhado por ela, ninguém mais do que a minha companheira noturna, Insônia. Podia até ser uma Sônia, ainda mais se fosse graciosa. Mas não, quem vem é sempe ela. Insônia que não me deixa dormir -perdoem-me o pleonasmo- e não me traz divertimento. Como posso então sonhar e pensar em alguém, se pra sonhar preciso dormir? Ahh não, assim fica difícil, e faltam-me as palavras. Desisto agora!
Na verdade insisto. Desisto de escrever e insistirei em dormir. Ao menos em deitar. Assim livro minha consciência do peso de que o dia de amanhã será cansado porque eu fui dormir tarde.
Melhor é dizer: "Ontem não consegui dormir".